Crescêncio Andrade

SANTOS, Adonis dos, Branquinha, Viamão: História, Lendas, Tradições, Vultos do Passado, Tipos Populares e Vida Atual, Rogilma, Porto Alegre – RS, 1965

Trecho retirado do livro acima onde o autor conta um pouco sobre a participação do Sr. Crescêncio Andrade no contexto histórico de Viamão.

Crescêncio Andrade

Nasceu este ilustre viamonense, no ano de 1841, sendo seus pais os saudosos José Inácio de Andrade e dona Maria Joaquina de Andrade.

Homem dotado de uma inteligência a toda a prova, foi ele em sua época um dos contemporâneos mais sobejamente admirados por seus corregilionários e todos quantos lhe devotaram amizade.

Conta-se que tal era a habilidade de Crescêncio Andrade no amestramento de animais domésticos, que certa ocasião ele dedicou-se a criar um rato e uma gata juntos. Verificando as reações de cada um dos animais e ministrando os devidos ensinamentos, em pouco tempo concluiu por realizar uma rara proeza, pois ambos passaram a viver na mais perfeita concórdia.

Exerceu o nosso biografado, por muitos anos, o cargo de Delegado de Polícia deste município de Viamão, além do que, necessário ser torna a citação, era ardoroso castilhista, havendo sido aqui aqui, na época, o chefe supremo do partido.

O seu falecimento viria a ocorrer no dia 17 de julgo de 1891, e isso em uma refréga nas imediações da Estalagem.

Encaminhava-se ele acompanhado de um grupo de castilhistas, vindos do Passo do Vigário e rumando para a cidade, quando foi abruptamente atacado pelos federalistas, fato esse que deu margem a qe se travasse cerrado tiroteio, ao fim do qual o heróico castilhista viria a tombar sem vida.

Os maragatos, acérrimos adversários do bravo castilhista morto em combate eram chefiados pelo Coronel Chico Marinho, o qual, entre outros tinhas como companheiros os senhores Juvenil Vaz Ferreira, João Braga e Irineu Guimarães.

Com vivas a Júlio de Castilhos e morras a Barros Cassal de um lado e vice-versa do outro, travou-se assim, na Estalagem aquele conflito o qual marcou com sangue o histórico e tradicional recanto de nosso município. Crescêncio Andrade era considerado como o mais prestigioso chefe político daqueles tempos, e para atestar tal fato aí está a existência, em nossa cidade, de uma rua que tomou o seu nome.

Ao incluirmos o saudoso Crescêncio Andrade em nossos “Vultos do Passado”, prestamos assim, as nossas justas homenagens ao insígne varão republicano que ocupou importante papel na vida da então Capela Grande de Viamão.

SANTOS, Adonis dos, Viamão: História, Lendas, Tradições, Vultos do Passado, Tipos Populares e Vida Atual, Rogilma, Porto Alegre – RS, 1965, Página 191.

Querino José dos Santos

SANTOS, Adonis dos, Branquinha, Viamão: História, Lendas, Tradições, Vultos do Passado, Tipos Populares e Vida Atual, Rogilma, Porto Alegre – RS, 1965

Trecho retirado do livro acima e que o autor conta um pouco sobre a vida de Querino José dos Santos, sua vida e atuação no cenário histórico de Viamão.

Querino José dos Santos

Cidadão dos mais benquistos de uma época já remota, o ilustre senhor Querino José dos Santos é outro dos nomes que nos cabe registrar nesta longa trilha biográfica e que demos o título de “vultos do passado”.

Nasceu o saudoso biografado, no longínquo ano de 1851, nesta cidade, tendo nela residido durante todo o correr de sua existência.

Deu-se o seu falecimento , no dia 18 de fevereiro de 1939, quando o venerável cidadão contava com 88 anos de idade.

Querino dos Santos desfrutou sempre do melhor conceito e de inúmeras simpatias e amizades, não só nessa localidade como também em todos os recantos do município.

Dentre os cargos públicos que exerceu devemos destacar o de subprefeito do município, em cuja função se aposentou.

Eis, em suma o que de mais significativo poderíamos aqui registrar sobre a vida e a personalidade do eminente viamonense Querino José dos Santos, mais um dos nomes enquadrados nestes nossos “vultos do passado”.

SANTOS, Adonis dos, Viamão: História, Lendas, Tradições, Vultos do Passado, Tipos Populares e Vida Atual, Rogilma, Porto Alegre – RS, 1965, Página 210.

No post dedicado aos registros de nascimento no Cartório do Passo D’Areia, Livro 1, Querino José Lopes aparece sendo o a pessoa que mais comparece ao cartório para levar a informação e registrar os nascidos naquela localidade no período de . No total foram 34 comparecimentos.